terça-feira, 27 de abril de 2010

Aos Ares

Quando digo que não me entendes,
È porque talvez não entendas que amor não se priva,
Não machuca, não é triste.

Quando digo que desequilibra,
Não acreditas em mim,
Achas que és Zeus,
E tua verdade é absoluta, pois reges o universo.
Não és Zeus muito menos alguém que valha o intelecto.

Quando digo que precisas de ajuda,
Te finges de forte, e sai por ai cavalgando sobre galope equino.
Tua prepotência, faz com que batas sobre cercas e
Sua obstinação, te aquece o orgulho pútrido.

Quando digo que blasfemas,
Ergue-te sobre a carcaça de seu império e
Profere imprecações ao vento.

Quando digo que é o limite,
Ainda jogas sua curta cruz sobre o desfiladeiro do juízo,
E tenta inutilmente chegar ao céu.
Para que? (!)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vinteeoito

Assustador, são seus olhos e os meus sincronizados novamente, permanecem iguais, porem tão diferentes. Seus lábios, sua pele, seu toque, Teu Olhar. Iguais. entretanto tão... Desejo, amor, o meu costumava ser uma névoa translúcida, agora é diafana. Nem por um instante, seus sentimentos foram confusos assim, rios de lágrimas correram por teus olhos, enquanto eu aproveitava a boemia. Hoje, rios de lágrimas correm pelos meus, porque a boemia foi o que sempre foi, efémera. Mas o seu amor, Este sim seria transcendente. Ainda Te amo, e te amar tanto assim me atormenta.